quarta-feira, 8 de julho de 2015

Make a Wish: I would like to be a Batman, dad. So, your dream come true.

Make a wish é uma fundação que se dedica a realizar os sonhos de crianças norte-americanas diagnosticadas com doenças graves e que correm risco de morte. Eles acreditam que a experiência do desejo realizado pode ter um resultado positivo no tratamento e se tornar um divisor de águas na vida de quem, apesar de ser tão pequeno, já sofre muito.

Seguindo este pensamento, eles ajudaram a realizar o sonho de Miles Scott, um menino de 5 anos com leucemia que sonhava em ser o "BatKid". Com uma estratégia de midia social e marketing a fundação conseguiu transformar o pequeno Miles em Batman e San Francisco se converteu em Gotham por um dia.

A campanha de social media foi tão forte que 12.000 de pessoas esperavam pelo "BatKids" nas ruas de San Francisco: o chefe de polícia emitiu um pedido de ajuda ao super-herói, ele dirigiu o Batmovel, salvou vidas, prendeu o Coringa e recebeu tweets do Barack Obama!

Nada melhor do que uma campanha de marketing social que é feita para ajudar as pessoas e fazer o bem. Inspirador. Veja o Trailler oficial abaixo:


terça-feira, 7 de julho de 2015

Experiência de venda nas praias da España

É verão por aqui! O calor está de lascar e eu resolvi me dar uns dias de férias na praia.

Fui a Ibiza passar o fim de semana.

A cidade é linda, as praias incríveis, a vida noturna dispensa comentários.

No entanto, em um belo dia de praia na Calla de Tarida, além do mar cristalino, o Sol brilhante e as areias brancas de Ibiza uma coisa me chamou muita atenção.

Estava sentada na areia quando vejo uma moça passar com esses vestidos de praia. Porém ela não estava normal, passeando, ela parecia estar desfilando. Ia e voltava com diferentes vestidos, andando e colocando o vestido de diversas maneiras: colocava em ombro só, transformava o vestido em saia, saia em blusa, amarrava uma corda na cintura e fazia de cinto, afofava o vestido acima do cinto...enfim...eram diferentes formas de colocar uma mesma roupa.

Na hora não estava entendendo muito bem o que ela estava fazendo. Parecia uma pessoa comum na praia, até que avistei a bolsa cheia de vestidos e reparei que ela trocava e desfilava, trocava, desfilava, fazia diferentes amarrações e voltava a trocar.

Achei incrível aquela forma de vender. No mesmo momento viajei em pensamento para as praias do Rio de Janeiro  e tentei lembrar se alguma vez havia visto algum tipo de venda deste tipo na praia. Nada! Sou carioca e frequento praia desde sempre: Itacoatiara, Camboinhas, Copacabana, Leme, Ipanema, Leblon, Barra da Tijuca, Recreio....e em nenhuma delas vi alguém vendendo vestidos de praia da mesma forma que esta chica de Ibiza. No RJ tem sim um vendedor com  as roupas passando pra lá e pra cá. Mas um mini desfile de moda...nunca vi. É uma forma incrível de atrair os clientes. As mulheres,em especial, gostam de ver a roupa no corpo e ter idéias de transformar uma mesma prenda de roupa em diferentes formas de vestir.

Fiquei tão deslumbrada com aquilo, e confesso que gostei de um vestido, que fui conversar com esta chica. Ela era de Valência. Contei para ela que nunca havia visto alguém vender vestidos na praia daquela maneira. E ela me respondeu que gosta de mostrar para as pessoas como  gosta de se vestir e ajudar as pessoas a ter ideias. E ela ensinava com a roupa no nosso corpo também. Super atendimento. Em poucos minutos de desfile já  tinha vendido uns 5 vestidos. E aí seguia para outro ponto da praia e repetia tudo de novo.

A experiência de venda nas praias de Ibiza me mostrou o quanto é importante  a forma de como se vende, a atitude na hora de mostrar o produto, a simpatia em ensinar, a criatividade ao se vestir e, principalmente, a vontade compartilhar as suas ideias com desconhecidos.

Em outra praia perto de Málaga, em Nerja, tinha também vendedor de vestidos e cangas. Porém, sem a mesma atitude da chica de Ibiza. E assim eles iam e voltavam com as cangas nos ombros, sem despertar interesse algum das pessoas que aproveitavam o verão. Assim como acontece no Rio de Janeiro.

Em tempo: eu comprei  um vestido desta chica em Ibiza. ;)


sábado, 27 de junho de 2015

El empleo e Tempos Modernos de Chaplin

Já viu a animação desenvolvido pelo estúdio de argentino Opusbou? Chama-se El empleo, já ganhou 102 prêmios e deixa uma reflexão sobre como trabalhamos  no século XXI.



A animação é ótima, não só pela qualidade, mas principalmente pela mensagem que passa. Trabalhamos porque precisamos do dinheiro para viver, mas estamos felizes? Problemas a parte, estamos felizes ao ir todos os dias para o escritório? Ou fazemos tudo no piloto automático.

Quando vi esta animação pela primeira vez, logo lembrei do filme de Chaplin, Tempos Modernos. Clássico do cinema é uma crítica ao capitalismo. Porém, o que mais me chamou atenção é que no filme o personagem está ligado no piloto automático, mas sempre sorrindo. Aliás essa é a principal mensagem do filme no final ( ao menos para mim): anime-se, que se você sorrir o futuro sempre será brilhante, A música foi composta por Chaplin para o filme em 1936, mas continua atual.


"That's the time you must keep on trying

Smile, what's the use of crying?

You'll find that life is still worthwhile

If you'll just smile."



É essa a grande diferença entre as duas críticas a rotina massante de trabalho: o sorriso. Na animação argentina o trabalhador não sorri uma única vez. Por sua vez, o personagem de Chaplin sempre sorri, sempre brinca, sempre encontra uma forma de tornar a rotina de trabalho menos chata e pesada.


Se esta animação é uma critica a forma como nós lidamos com os nossos empregos neste século, tenho que concluir que pioramos. Pioramos porque estamos acomodados com nossa rotina, com o salario todo mês na conta, com nossos 30 dias de férias anuais, com essa falsa estabilidade. Estamos indo pro lado mais fácil, mais prático, esperando que o mundo mude, como se mudança não dependesse de nós.

Toda esta rotina cansativa nos tira o sorriso, nos tira o humor. Precisamos trabalhar sim, mas precisamos viver antes de tudo. Se não estamos felizes, precisamos mudar de alguma forma, mesmo que isso vá contra a tudo que sempre nos foi dito. Mesmo que te digam ao contrário. Se você tem algum sonho, vá lá buscá-lo.


sexta-feira, 26 de junho de 2015

A crise do capitalismo e a criação do valor compartilhado

Aqui na Espanha uma das coisas mais legais que aprendi no Máster foi o conceito de valor compartilhado que as marcas/empresas precisam aprender a incorporar em seus negócios. O conceito do shared of value é de Michael Eugene Porter e foi escrito em um artigo de Havard: The big idea creating shared of value. E vale a pena ser lido.

A tese principal defende que o capitalismo está em crise e requer uma nova postura das empresas em relação aos valores como causas sociais, sustentabilidade e causas econômicas. O problema é que as empresas estão presas em conceitos de valores ultrapassados há décadas, focadas em resultados no curto prazo, que não pensam em investimentos futuros que gerem valor no longo prazo. Isso faz com que as empresas deixem em segundo plano a ideia de trabalhar em conjunto com a sociedade ou governo. O resultado é que continuamos presos a uma ideia de responsabilidade social ultrapassada, onde os interesses da sociedade estão na periferia e não no centro das atenções.

O valor compartilhado vai muito mais além disso. Valor compartilhado não é uma responsabilidade social, filantropia ou sustentabilidade, é um caminho para alcançar um sucesso econômico. Deve estar no centro das preocupações das empresas, e não na margem. É usar o capitalismo a favor da sociedade e não ser pautado somente pelo lucro, pelo dinheiro. Aprender como criar um valor compartilhado é uma chance que temos para mudarmos a forma de fazer negócios.

 É nessa ideia de novo capitalismo que nasce o valor compartilhado. É usar alguma parte da cadeia de valor da empresa para ajudar o seu entorno. E tem empresas que já pensam nisso, viu? A Coca-cola, por exemplo, usou o seu eficiente sistema de logística para levar medicamentos em regiões de difícil acesso. Como? Criando embalagens que se acoplavam entre as garrafas de coca-cola no engradado. O refrigerante chega nesses locais, mas os medicamentos não. Então a Coca-cola leva. Não vai atrapalhar o negócio da empresa e vai ajudar um monte de gente.

 Airbnb tem um ferramenta de resposta as catástrofes, onde anfitriões podem oferecer quartos de graça para as pessoas que passam apuros em regiões que sofrem com desastres naturais. Google, Facebook também oferecem essas ferramentas e ativaram esse ano no terremoto do Nepal.

Há vários outros exemplos de valor compartilhado. O melhor de tudo é poder ajudar a sociedade; é usar o capitalismos a nosso favor. Todos nós ganhamos.

Vale a pena ler o artigo e começarmos a pensar em como nossa forma de fazer negócio pode ajudar a sociedade.